domingo, 22 de setembro de 2013

UM CANTINHO DE LEITURA DIFERENTE

UMA CESTA DECORADA, ALGUNS LIVROS E PRONTO!!! SIMPLES ASSIM...


ALFABETO DE SÍLABAS

Esse jogo é formado por umas 400 fichas de todas as sílabas possíveis (simples e complexas) e um quadro de metal - esse era um de colocar fotos que eu pintei. As fichas têm ímã para fixar no quadro.


PAINEL VOGAIS

FEITO EM FELTRO



sábado, 21 de setembro de 2013

PLANETÁRIO

A ESTRUTURA É FEITA DE CANO. ELES ENTRAM NO PLANRTÁRIO COM UMA LANTERNA.

 




 





 
 



PAINEL DO SISTEMA SOLAR

UM LINDO PAINEL USADO PARA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS. TODO FEITO EM FELTRO.



 

MÓBILE SISTEMA SOLAR

O SOL


 
 
 
MÉRCURIO

 
 
 
VÊNUS

 
 
 
A TERRA E A LUA

 
 
MARTE

 
 
 
JÚPITER

 
 
SATURNO

 
 
 
URANO

 
 
 
NETUNO

 
 
 
PLUTÃO

 
 
 
 


 


 

 
 
 Foi uma festa quando eles chegaram na sala de aula e se depararam com o Universo !!!

 

domingo, 15 de setembro de 2013

Consciência Fonológica


A Consciência Fonológica é a capacidade de se refletir sobre a estrutura sonora da fala. É uma habilidade considerada importante para a aquisição da leitura e da escrita, pois a reflexão explícita do aspecto sonoro e segmentar da linguagem oral promove melhor compreensão da relação fonema-grafema. Isso justifica a necessidade da criança em adquirir um nível de Consciência Fonológica anteriormente ao processo formal de alfabetização, o que pode ser feito por meio de situações lúdicas, principalmente nas séries da Educação Infantil. O desconhecimento por parte dos educadores do que é Consciência Fonológica e de sua relação com a alfabetização pode comprometer o desenvolvimento e a evolução dessa habilidade na criança. 


Estudos científicos:

A influência da CF na aquisição e desenvolvimento da leitura e escrita tem sido estudada por muitos investigadores. Estes colocaram questões e encontraram respostas fundamentadas em dados estatísticos e resultados significativos, os quais justificaram o empreendimento da investigação nesta área por várias décadas e até aos nossos dias.


1. A consciência fonológica melhora o desenvolvimento da leitura e escrita?
Esta questão foi alvo de inúmeros estudos tendo-se estabelecido os seguintes pressupostos:
É o mais estável e robusto preditor de sucesso na aprendizagem da leitura e escrita (Lonigan, Burgess & Anthony, 2000 cit por Hogan, Catts & Little, 2005); 
É um facilitador na aprendizagem da leitura e escrita de crianças com e sem dificuldades de aprendizagem (Ball & Blanchman, 1991; Barrera & Maluf, 2003; Bradley & Bryant, 1983; Byrne & Frielding-Barnsley, 1989; Calfee, Lindamood & Linda Mood, 1973; Capovilla, 2000; Capovilla & Capovilla, 2000 cit. por Melo, 2006; Cardoso-Martins, 1991, 1995; Cunnigham, 1990; Ehri et al., 2001; Hatcher, Hulme & Snowling, 2004; Juel, Griffith & Gough, 1986; Hatcher & Hulme, 1999 cit. por Santos & Maluf, 2007; Liberman, et al, 1974; Lundberg, Frost & Petersen, 1988; Nancollis, Lawrie & Dodd, 2005; Pestum, 2005; Scanlon & Vellutino, 1996; Vellutino & Scanlon, 1987, entre outros cit. por Bernardino, Freitas, Souza, Maranhe & Bandini, 2006; Santos 2004 cit. por Santos & Maluf).

2. Há diferenças entre a aplicação do treino da consciência fonológica antes ou depois do processo de alfabetização?

Esta hipótese foi levantada em estudos que possuíam amostras com pré e pós leitores, isto é, crianças do pré-escolar e crianças que já tinham iniciado o processo de alfabetização. As conclusões diferem entre os autores, tal como se observa nos estudos abaixo enunciados:
De acordo com Schneider (1997) e Lundberg, Frost e Petersen (1998), a intervenção pode já ser realizada em crianças do pré-escolar (Santos & Maluf, 2007);
Segundo Hatcher e Hulme (1999), a intervenção obtém resultados mais significativos se o treino da CF for conjugado com o ensino institucional da leitura (Santos & Maluf, 2007);
No estudo de Santos (2004), o autor refere que, apesar de haver benefícios na articulação entre as capacidades metafonológicas e as atividades de ensino de leitura e escrita, tal relação é facultativa (Santos & Maluf, 2007). 

3. A intervenção ao nível da CF dá acesso direto ao conhecimento do princípio alfabético?

Resultados de investigações reforçam a ideia de que o treino de CF, por si só, não permite às crianças o domínio do princípio alfabético.
O estudo de Byrne e Fielding-Barnsley (1991) concluiu que  o conhecimento das letras e da identidade dos fonemas são capacidades necessárias, embora insuficientes, para a aquisição do princípio alfabético (Santos & Maluf, 2007);
Segundo Torgesen, Morgan e Davi (1992), o conhecimento de que as palavras são constituídas por fonemas não assegura a compreensão do princípio alfabético (Santos & Maluf, 2007).

4. Todas as capacidades da CF influenciam, igualmente, a leitura e a escrita?

Vários estudos têm procurado identificar diferenças na influência que cada uma das capacidades da CF tem na aprendizagem da leitura e escrita. Embora os resultados dos estudos não sejam unânimes, parece prevalecer a ideia de que a consciência fonémica é aquela que mais influencia esta aprendizagem.
No estudo de Hohn e Ehri (1983) foram implementados dois programas de treino de consciência fonêmica  Os resultados revelaram que a associação dos fonemas aos grafemas favorece a aquisição de um sistema visual símbolo-som, que é usado pela criança na distinção e representação dos fonemas (Santos & Maluf, 2007);
Cunningham (1990) investigou o papel da instrução implícita e explícita no treino da CF, com o intuito de averiguar a influência das capacidades fonológicas na melhoria das capacidades leitoras. Os resultados desta investigação indicaram que as crianças podem adquirir capacidades de consciência fonêmica através de ensino direto (explícito) e que a consciência fonêmica influencia as capacidades de leitura (Santos & Maluf, 2007);
Wise, Ring e Olson (1999) revelaram que as metodologias que contemplam, não só a manipulação dos sons, mas também a consciência articulatória (atenção explicita à articulação), resultam em melhorias mais acentuadas na leitura e escrita, comparativamente a metodologias que contemplem apenas uma área (Santos & Maluf, 2007);
De acordo com o estudo de Cardoso-Martins (1996) concluiu-se que a aliteração contribui para a aprendizagem da leitura e da escrita. Por outro lado, a sensibilidade à rima, aparentemente, não exerce um papel fundamental no domínio do princípio alfabético, por parte das crianças brasileiras (Melo, 2006);
Goswami & Bryant (1997) postularam que a capacidade para detectar rimas e aliterações são fatores preditivos do sucesso na aprendizagem da leitura e escrita (Nascimento, 2009);
Diferentes autores consideram que a análise fonológica, ao nível da sílaba e em tarefas de aliteração, assumem uma importância particular na aquisição da leitura e da escrita (Capovilla, Colorni, Nico, & Capovilla, 1995; Correa, 1997; Correa, Meireles, & Maclean, 1999; Maluf & Barrera, 1997 cit. por Melo, 2006).

5. A influência da CF na melhoria da leitura e escrita também se aplica a casos de insucesso escolar ou a crianças com deficiência?

Estudos comprovam que existem benefícios no treino desta capacidade em casos de insucesso escolar e em determinadas patologias, como Trissomia 21, Dislexia e Perturbações Específicas do Desenvolvimento da Linguagem.
Cardoso-Martins (1996) empreendeu um estudo em que era trabalhada a capacidade de detecção de rimas em crianças e adultos com e sem Síndrome de Down, tendo-se concluído que para ambos os grupos a capacidade de identificação do fonema inicial foi benéfica para a aprendizagem da leitura e escrita (Santos & Maluf, 2007);
Estudos conduzidos por Cárnio e Santos (2005) revelaram que a intervenção ao nível da CF, mesmo em casos de insucesso escolar grave, melhora significativamente a leitura e escrita (Santos & Maluf, 2007).

Os direitos imprescritíveis do Aprendiz

Segundo Perrenoud, o conselho de classe é um espaço onde é possível gerir abertamente a distância entre programa e o sentido que os alunos dão a seu trabalho. Em cada classe, há um contrato pedagógico e didático pelo menos implícito, que fixa certas regras do jogo em torno do saber, impedindo o professor de colocar questões sobre assuntos ainda não abordados, ou o aluno de perguntar constantemente por que estuda isto ou aquilo. A relação legítima com o saber é definida pelo contrato didático, que intima o aluno a trabalhar mesmo que não compreenda o objetivo de uma atividade. O conselho de classe poderia ser o espaço onde se gera abertamente a distância entre os alunos e o programa, onde se codificam as regras, por exemplo, os "direitos imprescritíveis do aprendiz". Assim denominei...uma série de direitos passíveis de aperfeiçoar o contrato pedagógico e didático:


O direito de não estar constantemente atento.

O direito a seu foro íntimo.

O direito de só aprender o que tem sentido.

O direito de não obedecer seis a oito horas por dia.

O direito de se movimentar.

O direito de não manter todas as promessas.

O direito de não gostar de escola e de dizê-lo.

O direito de escolher com quem quer trabalhar.

O direito de não cooperar para o seu próprio processo.

O direito de existir como pessoa.


Cabe ao leitor completar essa lista, pensando no desejo de saber ou na decisão de aprender. Não para impor um regulamento aos alunos, mas para ter uma ideia do que poderia surgir se o conselho dos alunos se atribuísse a tarefa de tornar o trabalho escolar aceitável. Os poderes do grupo-classe são consideráveis e podem desempenhar um papel essencial de mediação: a relação com o saber pode ser redefinida na classe, graças a uma verdadeira negociação do contrato didático, o que evidentemente supõe, do professor, a vontade e a capacidade de escutar os alunos, de ajudá-los a formular seu pensamento e de ouvir suas declarações.


Perrenoud, Philippe - Dez novas competências para ensinar, Porto Alegre, Artes Médicas, 2000

TDAH - o lado ruim e o lado bom


Como são os portadores? O lado bom e o ruim do TDAH ou Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade).

Em cerca de 60% dos casos, o DDA ou TDAH continua na vida adulta. A impulsividade e a hiperatividade amenizam e a distração fica mais evidente.
Conforme a predominância de mais desatenção ou mais impulsividade/hiperatividade temos dois tipos mais comuns de pacientes:

Desligados, "preguiçosos", sem iniciativa, sonhadores, não acabam o que começam, adiam tarefas, perdem horas, dias, meses, anos sem começar ou sem concluir os projetos

Agitados, impulsivos, ansiosos, "língua mais rápida que o cérebro", péssimos diplomatas, descontrolados, não aguentam esperar numa fila. Quando outra pessoa começa uma frase, eles já sabem o que ela vai falar, portanto respondem ou interrompem antes da hora. Às vezes porque realmente pensam rápido e são muito "antenados", às vezes porque são superficiais e falam sem pensar e sem medir as consequências).

O lado bom

"Ser DDA" tem um lado bom, desde que o seu grau de Hiperatividade não tenha feito você ser expulso de todas as escolas, ou transformado você num trabalhador braçal apesar de ser conhecedor de algum assunto muito especial, que a maioria das pessoas só conhece superficialmente.

Os “DDAs” podem ter grandes qualidades: simpáticos, falantes, comunicativos, inteligentes, energia inesgotável, ideias novas e brilhantes (embora nem sempre sejam levadas adiante).

Criativos, pioneiros, inventores, não vivem sempre de modo politicamente correto. Assumem e correm riscos, defendem ideias, em parte pela falta de freio, de filtro social e pela impulsividade.

Podem ser muito sexuais, gostam de simetria, de coisas bonitas e de novidades.

Muitos descobrem um interesse especial onde conseguem "hiperconcentrar".

O lado ruim:

A letra pode ser feia, portanto acabam criando o hábito de escrever em letra de forma, para que as pessoas (e eles próprios) entendam.

Em palestras precisam escrever ou gravar, mas quem disse que depois irão ouvir as fitas ou entender o que escreveram?

Podem viver perigosamente e se expor a riscos.

Aventuras sexuais podem ser um dos temperos de sua vida eternamente em busca de emoções.

Abuso de substâncias (cigarro, álcool, drogas).

Podem criar inimizades, pedem demissão, são demitidos, se divorciam-, são expulsos de casa, rompem namoros, noivados, etc.

Pessoas inteligentes, capazes, simpáticas, que simplesmente não deram certo na vida. Porque nunca aprenderam uma profissão, porque mudam de profissão, porque destruíram casamentos por causa de mais aventuras do que a média, ou por aventuras mais comprometedoras. Porque faltou diplomacia, malícia e habilidade política. Porque começam e não concluem muitas coisas ao mesmo tempo.

O DDA pode ser o bode expiatório da família. Por exemplo: ele precisa de muito mais atenção dos pais, professores, etc., o que desperta ciúmes dos irmãos. Ou desperta irritação dos pais, pois todos os irmãos tiveram as mesmas chances, mas o DDA não aproveitou. Isso e mais as experiências de vida levam a uma autoestima baixa.

As mulheres reclamam que maridos esquecem datas, fatos, conversas, etc. Que eles não ouvem o que elas falam. E que se ouvem, não gravam. Que eles parecem estar prestando atenção, mas não estão. Os homens são assim, mas 
os DDAs são mais que os outros.

Sua mesa de trabalho é um buraco negro, tudo que entra desaparece.

Deixam a cozinha num caos para fritar um ovo.

Sabem o nome de uma pessoa, ele está em algum lugar do cérebro, mas quando encontram essa pessoa parece que não conseguem lembrar.

Alugam filmes pela segunda vez porque esquecem que já viram.

Pilhas de tarefas não completadas (mas com planos para completá-las).

Saem de casa em cima da hora e chegam atrasados. Para evitar novos atrasos, deixam tudo preparado na véspera: a chave do carro em cima da pasta em cima da mesa próxima da porta de saída. Mas ainda assim esquecem os óculos, o celular, etc.

Inteligentes, com uma formação acadêmica de primeira qualidade deixam de fazer uma bela carreira universitária por não se acharem à altura dos demais professores. Sua autocrítica, consequência de sua baixa autoestima, é implacável.

Não desenvolveu seu negócio da mesma forma que seus concorrentes, não por falta de capacidade nem de criatividade, mas por falta de traquejo social e habilidade política.

"Estudante eterno". 10 anos numa faculdade que deveria durar 4. Os trabalhos são sempre adiados, deixados para última hora, etc.

Difícil perder peso, comer menos, parar de fumar.

Fonte: http://www.mentalhelp.com/index.php

Algumas Estratégias Pedagógicas para Alunos com TDAH:


TDAH - Atenção, memória sustentada:

Algumas técnicas para melhorar a atenção e memória sustentadas

1 – Quando o professor der alguma instrução, pedir ao aluno para repetir as instruções ou compartilhar com um amigo antes de começar as tarefas.

2 – Quando o aluno desempenhar a tarefa solicitada ofereça sempre um feedback positivo (reforço) através de pequenos elogios e prêmios que podem ser: estrelinhas no caderno, palavras de apoio, um aceno de mão... Os feedbacks e elogios devem acontecer SEMPRE E IMEDIATAMENTE após o aluno conseguir um bom desempenho compatível com o seu tempo e processo de aprendizagem.

3 – NÃO criticar e apontar em hipótese alguma os erros cometidos como falha no desempenho. Alunos com TDAH precisam de suporte, encorajamento, parceria e adaptações. Esses alunos DEVEM ser respeitados. Isto é um direito! A atitude positiva do professor é fator DECISIVO para a melhora do aprendizado.

4 – Na medida do possível, oferecer para o aluno e toda a turma tarefas diferenciadas. Os trabalhos em grupo e a possibilidade do aluno escolher as atividades nas quais quer participar são elementos que despertam o interesse e a motivação. É preciso ter em vista que cada aluno aprende no seu tempo e que as estratégias deverão respeitar a individualidade e especificidade de cada um.

4 – Optar por, sempre que possível, dar aulas com materiais audiovisuais, computadores, vídeos, DVD, e outros materiais diferenciados como revistas, jornais, livros, etc. A diversidade de materiais pedagógicos aumenta consideravelmente o interesse do aluno nas aulas e, portanto, melhora a atenção sustentada.

5 – Utilizar a técnica de “aprendizagem ativa” (high response strategies): trabalhos em duplas, respostas orais, possibilidade do aluno gravar as aulas e/ou trazer seus trabalhos gravados em CD ou computador para a escola.

6 – Adaptações ambientais na sala de aula: mudar as mesas e/ou cadeiras para evitar distrações. Não é indicado que alunos com TDAH sentem junto a portas, janelas e nas últimas fileiras da sala de aula. É indicado que esses alunos sentem nas primeiras fileiras, de preferência ao lado do professor para que os elementos distratores do ambiente não prejudiquem a atenção sustentada.

7 – Usar sinais visuais e orais: o professor pode combinar previamente com o aluno pequenos sinais cujo significado só o aluno e o professor compreendem. Exemplo: o professor combina com o aluno que todas as vezes que percebê-lo desatento durante as atividades, colocará levemente a mão sobre seu ombro para que ele possa retomar o foco das atividades.

8 – Usar mecanismos e/ou ferramentas para compensar as dificuldades memoriais: tabelas com datas sobre prazo de entrega dos trabalhos solicitados, usar post-it para fazer lembretes e anotações para que o aluno não esqueça o conteúdo.

9 – Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais importantes de uma tarefa, texto ou prova.



Tempo e processamento das informações

1 – Usar organizadores gráficos para planejar e estruturar o trabalho escrito e facilitar a compreensão da tarefa. Clique aqui para ver um exemplo.

2 – Permitir como respostas de aprendizado apresentações orais, trabalhos manuais e outras tarefas que desenvolvam a criatividade do aluno.

3 – Encorajar o uso de computadores, gravadores, vídeos, assim como outras tecnologias que possam ajudar no aprendizado, no foco e motivação.

4 – Reduzir ao máximo o número de cópias escritas de textos. Permitir a digitação e impressão, caso seja mais produtivo para ao aluno.

5 – Respeitar um tempo mínimo de intervalo entre as tarefas. Exemplo: propor um trabalho em dupla antes de uma discussão sobre o tema com a turma inteira.

6 – Permitir ao aluno dar uma resposta oral ou gravar, caso ele tenha alguma dificuldade para escrever.

7 – Respeitar o tempo que cada aluno precisa para concluir uma atividade. Dar tempo extra nas tarefas e nas provas para que ele possa terminar no seu próprio tempo.



Organização e técnicas de estudo

1 – Dar as instruções de maneira clara e oferecer ferramentas para organização do aluno desenvolver hábitos de estudo. Incentivar o uso de agendas, calendários, post-it, blocos de anotações, lembretes sonoros do celular e uso de outras ferramentas tecnológicas que o aluno considere adequado para a sua organização.

2 – Na medida do possível, supervisionar e ajudar o aluno a organizar os seus cadernos, mesa, armário ou arquivar papéis importantes.

3 – Orientar os pais e/ou o aluno para que os cadernos e os livros sejam “encapados” com papéis de cores diferentes. Exemplo: material de matemática – vermelho, material de português – azul, e assim sucessivamente. Este procedimento ajuda na organização e memorização dos materiais.

4 – Incentivar o uso de pastas plásticas para envio de papéis e apostilas para casa e retorno para a escola. Desta forma, todo o material impresso fica condensado no mesmo lugar minimizando a eventual perda do material.

5 – Utilizar diariamente a agenda como canal de comunicação entre o professor e os pais. É extremamente importante que os pais façam observações diárias sobre o que observam no comportamento e no desempenho do filho em casa, assim como o professor poderá fazer o mesmo em relação às questões relacionadas à escola.

6 – Estruturar e apoiar a gestão do tempo nas tarefas que exigem desempenho em longo prazo. Exemplo: ao propor a realização de um trabalho de pesquisa que deverá ser entregue no prazo de 30 dias, dividir o trabalho em partes, estabelecer quais serão as etapas e monitorar se cada uma delas está sendo cumprida. Alunos com TDAH apresentam dificuldades em desempenhar tarefas em longo prazo.

7 – Ensine e dê exemplos frequentemente. Use folhas para tarefas diárias ou agendas. Ajude os pais, oriente-os como proceder e facilitar os problemas com deveres de casa. Alunos com TDAH não podem levar “toneladas” de trabalhos para fazer em casa num prazo de 24 horas.



Técnicas de aprendizado e habilidades metacognitivas

1 – Explicar de maneira clara e devagar quais são as técnicas de aprendizado que estão sendo utilizadas. Exemplo: explicar e demonstrar na prática como usar as fontes, materiais de referência, anotações, notícias de jornal, trechos de livro, etc.

2 – Definir metas claras e possíveis para que o aluno faça sua autoavaliação nas tarefas e nos projetos. Este procedimento permite que o aluno faça uma reflexão sobre o seu aprendizado e desenvolva estratégias para lidar com o seu próprio modo de aprender.

3 – Usar organizador gráfico (clique aqui para ver) para ajudar no planejamento, organização e compreensão da leitura ou escrita.



Inibição e autocontrole

1 – Buscar sempre ter uma postura pró-ativa. Antecipar as possíveis dificuldades de aprendizado que possam surgir e estruturar as soluções. Identificar no ambiente de sala de aula quais são os piores elementos distratores (situações que provocam maior desatenção) na tentativa de manter o aluno o mais distante possível deles e, consequentemente, focado o maior tempo possível na tarefa em sala de aula.

2 – Utilizar técnicas auditivas e visuais para sinalizar transições ou mudanças de atividades. Exemplo: falar em voz alta e fazer sinais com as mãos para lembrar a mudança de uma atividade para outra, ou do término da mesma.

3 – Dar frequentemente feedback (reforço) positivo. Assinale os pontos positivos e negativos de forma clara, construtiva, respeitosa. Este monitoramento é importante para o aluno com TDAH, pois permite que ele desenvolva uma percepção do seu próprio desempenho, potencial e capacidade e possa avançar motivado em busca da sua própria superação.

4 – Permitir que o aluno se levante em alguns momentos, previamente combinados entre ele e o professor. Alunos com hiperatividade necessitam de alguma atividade motora em determinados intervalos de tempo. Exemplo: pedir que vá ao quadro (lousa) apagar o que está escrito, solicitar que vá até a coordenação buscar algum material, etc., ou mesmo permitir que vá rapidamente ao banheiro ou ao corredor beber água. Este procedimento é extremamente útil para diminuir a atividade motora e, muitas vezes, é ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO para crianças muito agitadas.

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TDAH – Algumas dicas para os pais


Programas de treinamento para pais de crianças com TDAH frequentemente começam com ampla divulgação de informação.

Existe uma grande quantidade de livros, vídeos e fitas disponíveis, com dados a respeito do transtorno em si e de estratégias efetivas, que podem ser usadas por familiares.

A lista que segue revê alguns pontos, de uma série de estratégias, que podem ajudar os pais de crianças com TDAH:


Mandamentos

Reforçar o que há de melhor na criança.

Não estabelecer comparações entre os filhos. Cada criança apresenta um comportamento diante da mesma situação.

Procurar conversar sempre com a criança sobre como está se sentindo.

Aprender a controlar a própria impaciência.

Estabeleça regras e limites dentro de casa, mas tenha atenção para obedecer-lhes também.

Não esperar ‘’perfeição’’.

Não cobre resultados, cobre empenho.

Elogie! Não se esqueça de elogiar! O estímulo nunca é demais. A criança precisa ver que seus esforços em vencer a desatenção, controlar a ansiedade e manter o ‘’motorzinho de 220 volts’’ em baixas rotações está sendo reconhecido.

Manter limites claros e consistentes, relembrando-os frequentemente.

Use português claro e direto, de preferência falando de frente e olhando nos olhos.

Não exigir mais do que a criança pode dar: deve-se considerar a sua idade.

Estudo

Escolher cuidadosamente a escola e a professora para que a criança possa obter sucesso no processo de ensino-aprendizagem.

Não sobrecarregar a criança com excesso de atividades extracurriculares.

O estudo deve ser do jeito que as crianças ou os adolescentes bem entenderem. Tudo deve ser tentado, mas se o resultado final não corresponder às expectativas, reavalie após algumas semanas e peça novas opções; vá tentando até chegar à situação que mais favoreça o desempenho.

Tenha contato próximo com os professores para acompanhar melhor o que está acontecendo na escola.

Todas as tarefas têm que ser subdivididas em tarefas menores que possam ser realizadas mais facilmente e em menor tempo.


Regras do dia-a-dia

Dar instruções diretas e claras, uma de cada vez, em um nível que a criança possa corresponder.

Ensinar a criança a não interromper as suas atividades: tentar finalizar tudo aquilo que começa.

Estabelecer uma rotina diária clara e consistente: hora de almoço, de jantar e dever de casa, por exemplo.

Priorizar e focalizar o que é mais importante em determinadas situações.

Organizar e arrumar o ambiente como um meio de otimizar as chances para sucesso e evitar conflitos.


Casa

Manter em casa um sistema de código ou sinal que seja entendido por todos os membros da família.

Manter o ambiente doméstico o mais harmônico e o mais organizado quanto possível.

Reservar um espaço arejado e bem iluminado para a realização da lição de casa.

O quarto não pode ser um local repleto de estímulos diferentes: um monte de brinquedo, pôsteres, etc.


Comportamento

Advertir construtivamente o comportamento inadequado, esclarecendo com a criança o que seria mais apropriado e esperado dela naquele momento.

Usar um sistema de reforço imediato para todo o bom comportamento da criança.

Preparar a criança para qualquer mudança que altere a sua rotina, como festas, mudanças de escola ou de residência, etc.

Incentivar a criança a exercer uma atividade física regular.

Estimular a independência e a autonomia da criança, considerando a sua idade.

Estimular a criança a fazer e a manter amizades.

Ensinar para a criança meios de lidar com situações de conflito (pensar, raciocinar, chamar um adulto para intervir, esperar a sua vez).


Pais

Ter sempre um tempo disponível para interagir com a criança.

Incentivar as brincadeiras com jogos e regras, pois além de ajudar a desenvolver a atenção, permitem que a criança organize-se por meio de regras e limites e, aprenda a participar, ganhando, perdendo ou mesmo empatando.

Quem tem TDAH pode descarregar sua “bateria” muito rapidamente. Se este for o caso, recarregue-a com mais frequência. Alguns portadores precisam de um simples cochilo durante o dia, outros de passear com o cachorro, outros de passar o fim de semana fora, outros ainda de ginástica ou futebol. Descubra como a “bateria” do seu filho é melhor recarregada.

Evite ficar o tempo todo dentro de casa, principalmente nos fins de semana. Programe atividades diferentes, não fique sempre fazendo a mesma coisa. Leve todos à praia, ao teatro, ao cinema, para andar no parque, enfim, seja criativo.

Estabeleça cronogramas, incluindo os períodos para ‘’descanso’’, brincadeiras ou simplesmente horários livres para se fazer o que quiser.

Nenhuma atividade que requeira concentração (estudo, deveres de casa) pode ser muito prolongada. Intercale coisas agradáveis com tarefas que demandam atenção prolongada (potencialmente desagradáveis, portanto).

Procure sempre perguntar o que ela quer, o que está achando das coisas. Não crie uma relação unidirecional. Obviamente, os pedidos devem ser negociados e atendidos no que for possível.

Use mural para afixar lembretes, listas de coisas a fazer, calendário de provas. Também coloque algumas regras que foram combinadas e promessas de prêmio quando for o caso.

Estimule e cobre o uso diário de uma agenda. Se ela for eletrônica, melhor ainda. As agendas devem ser consultadas diariamente.


Lembre-se sempre

Procure o máximo de informações possível sobre o TDAH: leia livros, faça cursos, entre para organizações como a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (www.tdah.org.br), faça contato com outros pais para dividir experiências bem e mal sucedidas.

Tenha certeza do diagnóstico e segurança de que não há outros diagnósticos associados ao TDAH.

Tenha certeza de que o tratamento está sendo feito por um profissional que realmente entende do assunto.

Lembre-se que seu filho (a) está sempre tentando corresponder às expectativas, mas às vezes não consegue. Deve sempre lembrar-se aos pais que estes devem ser otimistas, pacientes e persistentes com o filho. Não devem desanimar diante dos possíveis obstáculos.


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Fonte: http://www.tdah.org.br/br/sobre-tdah/dicas-para-os-pais.html