PROJETO MEIO AMBIENTE

Projeto: “NA NATUREZA NADA SE PERDE TUDO SE TRANSFORMA”

1  INTRODUÇÃO

A problemática ambiental insere-se como um tema da atualidade em razão de ter passado a afetar todos os ângulos da vida humana. A sustentabilidade e funcionamento da sociedade atual têm influenciado o ritmo acelerado e uma cultura puramente consumista ao nosso cotidiano.

Diante da crescente complexidade e agravamento dos problemas socioambientais, resultantes do sistema de vida atual, a Educação Ambiental assume importante função, no sentido de possibilitar uma conscientização das pessoas, provocando nestas uma mudança nos hábitos e atitudes em relação ao modo como se relacionam com o meio ambiente.

Por ter como característica ser um processo dinâmico e contínuo, a Educação Ambiental é uma prática transformadora que permite uma compreensão das complexas relações entre natureza e sociedade. Por esse motivo, torna-se indispensável sua incorporação em todos os níveis e modalidades do ensino formal, a começar pela Educação Infantil, considerada a primeira etapa da educação formal e básica, que tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança.

Nesse contexto, a Educação Infantil adquire uma importante função, sobretudo, por ser um espaço de socialização, interação e intenso aprendizado, além de seu aspecto indissociável entre o cuidar e o educar, onde a criança tem a oportunidade de vivenciar experiências concretas e desenvolver suas habilidades, aprendendo a conviver em grupo, a valorizar e respeitar desde cedo o ambiente na qual está inserida e compreender as relações de interdependência entre os diversos atores desse ambiente.

Assim, a prática de uma proposta em Educação Ambiental na Educação Infantil tornar-se relevante, contribuindo para a formação de valores indispensáveis para toda a vida. Acreditando nessa premissa foi pensado o Projeto “NA NATUREZA NADA SE PERDE TUDO SE TRANSFORMA” para que as crianças da Educação Infantil apropriem-se de uma consciência ambiental em relação ao consumo de alimentos, evitando, ao máximo, o desperdício na hora do lanche, além de agirem como “propagadores” dessa consciência ambiental, contribuindo para a formação de cidadãos comprometidos com o meio no qual estão inseridos.

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2 JUSTIFICATIVA

O Projeto foi pensado a partir do envolvimento da escola com o tema Educação Ambiental que é desenvolvido proporcionando aos alunos uma grande diversidade de experiências, o que gerou a necessidade de desenvolver um trabalho adequado com as crianças da Educação Infantil.

As crianças quando entram na escola, através da Educação Infantil, amplia o seu conhecimento de mundo e toma consciência desse “novo” mundo de diversas maneiras em cada etapa do seu desenvolvimento. O contato com o mundo permite a criança construir hipóteses e conhecimentos práticos sobre o meio que a rodeia.

A partir dessas constatações pudemos perceber a relevância do tema Educação Ambiental para as turmas da Educação Infantil a partir da quantidade de resíduos deixados pelas após o lanche. Se quisermos cidadãos conscientes no futuro temos que investir nas crianças hoje. E o quanto mais cedo a criança ter contato com essa temática, mais informação ela vai adquirindo ao longo do seu desenvolvimento e de sua formação plena.

A Educação Infantil tem em sua proposta curricular, como eixos norteadores, as interações e brincadeiras que garantam experiências que:

Incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza. Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais. (Brasil, 2010, p. 26)

Pensando nisso criamos o Projeto “NA NATUREZA NADA SE PERDE TUDO SE TRANSFORMA” para que aas crianças tivessem a oportunidade de pensar a respeito de suas práticas diárias em sua alimentação e a partir desse eixo ampliarem seu conhecimento de mundo. Aproveitando o espírito curioso das crianças oferecer um projeto que possibilite o início da compreensão da diversidade e dos diferentes papéis que as pessoas ocupam na sociedade.

O direcionamento feito na área de Natureza e Sociedade, visa possibilitar a ampliação de experiências do aluno e a construção de conhecimentos sobre o meio ambiente, seres vivos, recursos naturais, bem como possibilidades de formar atitudes e reflexões sobre cidadania.

3  OBJETIVOS

3.1   objetivo geral:

·         Desenvolver a Educação Ambiental com base no reaproveitamento alimentar.

3.2   objetivos específicos:

·         Sensibilizar as crianças para evitar o desperdício na hora do lanche;

·         Trabalhar a Educação Ambiental desenvolvendo uma boa alimentação;

·         Apresentar na prática receitas simples e ricas em nutrientes.

4  Metodologia

O trabalho com projetos possibilita a integração de áreas do conhecimento de forma interdisciplinar, propondo desafios, despertando curiosidade e permitindo à criança confrontar suas hipóteses com o seu conhecimento historicamente construído. Além de gerar possibilidades de aprendizagens significativas e contextualizadas.

A criança como ser pensante elabora, questiona e é capaz de construir o seu próprio conhecimento. Esta construção vai se processando à medida que ela evolui, do ponto de vista biológica, psicológica e social.

Possibilitar um ambiente de aprendizagem diversificada e que leve em consideração o ritmo e as necessidades de cada criança, requer um planejamento cuidadoso.

A rotina na educação infantil pode ser facilitadora ou cerceadora nos processos de desenvolvimento e aprendizagem. Rotinas rígidas e inflexíveis desconsideram a criança, que precisa adaptar-se a ela e não contrário, como deveria ser; desconsideram o adulto, tornando o seu trabalho monótono, repetitivo e pouco participativo. (RCN’s, p. 73 – vol 1)

No processo de construção do conhecimento a interação entre crianças é um momento muito importante. A primeira atividade do projeto é na roda de Conversa partindo de uma situação concreta – o desperdício de alimentos na hora do lanche, que se configura como uma questão relevante e significativa a ser tratada pelo grupo.

Problematizando e levantando hipóteses a partir da sua própria realidade. Construindo e reelaborando conhecimentos e conceitos a partir do debate, do confronto de ideias das experiências e dos resultados da pesquisa de campo.

O trabalho com o projeto permitirá a construção coletiva do conhecimento.

Para responder às questões ou hipóteses levantadas, o grupo precisará se organizar, definir as estratégias de ação, papéis, tarefas e atividades. É importante que se criem situações em que os alunos tenham ativa participação e que, por meio de diferentes recursos e atividades dentro e fora da escola. (CASTRO, 1997, p. 49)

Após o levantamento das hipóteses das crianças iremos buscar as informações em livros, revistas de Ciência para crianças, internet e apresentando essas informações no Data Show de maneira dinâmica e lúdica. A cada atividade feita a partir desses recursos serão feitos registros pelas crianças para que mostrem e partilhem de seus aprendizados.

A utilização de recursos diversos permitirá a criança perceber as várias possibilidades de buscar informações.

A partir das pesquisas as crianças irão aprender e fazer receitas que utilizem ingredientes que antes iriam para o lixo, colocando em prática os três R’s da Sustentabilidade – Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Como exemplo será feito a torta de banana com a fruta bem madura e pão dormido. Será uma maneira de mostrar as crianças uma receita saborosa em que elas irão por “a mão na massa” e com materiais que, com certeza, ela já viu sendo jogados fora.

À medida que os trabalhos forem sendo desenvolvidos, as noções, as ideias e conceitos iniciais serão confrontados com as novas informações obtidas de modo que esses conceitos sejam revistos, criticados, reinterpretados e reelaborados.

Como pesquisa de campo as crianças irão a uma feira livre para poderem confrontar a teoria com a prática. Vendo um ambiente aonde o desperdício é grande e sendo questionadas do que pode ser feito com aqueles alimentos que estão sendo desperdiçados.

O projeto será finalizado com a compra de sementes para a criação de uma horta que eles cuidarão e da confecção de uma mascote como cuidadora da horta e representante do nosso projeto.

A partir de um tema significativo e relevante para o grupo, pode-se desenvolver o conteúdo de diferentes disciplinas para melhor compreendê-lo. Desse modo as crianças terão a oportunidade de perceber como os acontecimentos são na realidade. E essa interação irá oferecer os instrumentos para se atingir o conhecimentos global e complexo.

6  avaliação

A observação e o registro se constituem nos principais instrumentos de que o professor dispõe para apoiar a sua prática. Por meio deles pode-se registrar, contextualmente, os processos de aprendizagem das crianças, a qualidade das interações estabelecidas com outras crianças.

A avaliação será um processo contínuo, através dos registros da evolução da aprendizagem no decorrer do projeto que será feita através de um Portifólio.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação . Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília : MEC, SEB, 2010.

 BASSEDAS, Eulália. Et al. Aprender a ensinar na Educação Infantil. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

CASTRO, Elza Vidal de & MATOS, Maria do Carmo de, elaboração. DALBEN, Angela I. L. F., colaboração. Reflexões sobre a prática pedagógica.  Belo Horizonte, SEE/MG, 1997.

COLL, César Salvador. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

DEMO, Pedro.  Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 1999.

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação na pré-escola: um olhar sensível e reflexisivo sobre a criança. 12ª ed. Porto Alegre: Mediação, 1996.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2.

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.